Jatos e galinheiros
Bom, rápido, barato. Só podem escolher dois.
- Bom e barato não vai ser rápido (bom e barato raramente se juntam, nem devia ser uma hipótese).
- Bom e rápido não vai ser barato.
- Rápido e barato não vai ser bom.
Mas há quem diga que faz bem e depressa por valores ridículos. E quem contrata esses trabalhos admira-se por ter resultados ridículos. A qualidade tem um preço e quem tem uma empresa sabe bem isso.
“Ah, mas o meu sobrinho faz o mesmo de borla.” Ótimo, contratem os sobrinhos. Fica tudo em família e o sobrinho nunca sairá de casa dos pais. O que não tem problema, se é o que ele quer.
A escolha é de quem contrata. Para haver qualidade têm que haver especialistas. E os especialistas são pessoas que investiram e demoraram tempo até terem qualidade, logo, não são baratos. Não é difícil de perceber.
Há também quem faça caro, mau e devagar. Mas isso são outros interesses e obras públicas. Não todas, mas algumas.

Colocar um valor no trabalho tem em conta vários factores, que variam com os clientes, que esperam um serviço personalizado, de qualidade e não igual aos outros. É como andar de avião. Há algumas diferenças entre andar de low cost num país de terceiro mundo (aviões com fita gaffer nas asas em que só há uma classe e é partilhada com galinhas) e viajar num jato privado. A distância entre estas duas realidades está no valor monetário.
Não se pode esperar uma experiência de luxo pelo mesmo preço de viajar num galinheiro com asas, por mais divertido que isso pareça. Temos pena.
A perspetiva de quem quer barato: “é uma despesa”. A perspetiva de quem quer qualidade: “é um investimento”.
Pensar à pobre dá pobres resultados. É preciso pensar bem. E trabalhar com quem faz bem. Invistam em bom trabalho. Os resultados validam o investimento. Quem trabalha connosco sabe isso.
Há muito tempo que saímos de casa dos nossos pais. Ainda estamos a trabalhar para o jato privado, mas também não é a nossa prioridade. A qualidade, é.